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IAOD do Deputado Che Sai Wang em 18.05.2023

 

Reforçar as medidas de apoio aos grupos vulneráveis, estabilizar os preços dos produtos relacionados com a vida da população, e resolver o problema de emprego dos recém-graduados

 

Macau foi afectada pela epidemia de Covid-19 durante 3 anos. Já se passaram mais de 5 meses desde o aligeiramento das medidas de controlo da epidemia, mas as “sequelas” ainda não foram devidamente atenuadas nem resolvidas, por exemplo, o aumento dos preços dos produtos, os problemas de desemprego e emprego, e as dificuldades de vida dos grupos vulneráveis e de sobrevivência das PME. Há que alargar o espaço de sobrevivência das PME e fazer com que a prosperidade do sector do turismo impulsione os outros sectores. Como é que isto vai ser feito? Nos últimos meses, o número de turistas aumentou bastante, e Macau parece ter recuperado a prosperidade e a animação de antes da epidemia. Mas, temos de ter em atenção que, por detrás da prosperidade, há ainda muitas pessoas a lutar contra os “efeitos secundários” do atraso da economia.

 

 

 

 

Durante a epidemia, os desempregados não conseguiram arranjar emprego, só conseguiram sustentar-se com o trabalho a tempo parcial, e os rendimentos eram muito baixos. Em 2022, a taxa de subemprego foi de 6,9%, um aumento de 2,8% face a 2021. Os grupos vulneráveis, como idosos, famílias monoparentais, crianças com necessidades especiais, cuidadores e portadores de deficiência, só conseguem sustentar-se à custa de diversos subsídios e abonos, cujo valor não acompanha a subida vertiginosa dos preços dos produtos, dificultando as suas vidas. As medidas de apoio económico não conseguem apoiar plenamente estes grupos vulneráveis com dificuldades de sobrevivência e com parcos rendimentos, assim, o Governo deve lançar medidas mais concretas para os ajudar a aliviar a pressão do dia-a-dia.

 

 

 

 

 

 

 

Após a epidemia, os preços dos produtos subiram em flecha. O nosso Gabinete tem recebido muitas queixas dos residentes, apontando que o custo de vida em Macau até é mais alto do que em Hong Kong, por isso, cada vez mais residentes compram carnes e legumes em Zhuhai para vários dias. O Governo deve estabilizar e controlar os preços dos produtos, para evitar que os residentes sejam obrigados a deslocar-se a outras regiões para comprar bens de primeira necessidade, devido à instabilidade dos preços e ao elevado custo de vida.

 

 

 

 

 

 

 

Em Março de 2023, o índice de preços no consumidor foi de 104,28, mas isto, como é evidente, não consegue reflectir efectivamente a realidade da vida dos residentes. Este índice visa analisar o impacto das variações dos preços da venda a retalho dos bens de consumo e dos serviços sobre as despesas reais de subsistência dos residentes, e o método estatístico aplicado abrange alguns itens não relacionados com a vida da população, por exemplo, os bilhetes de avião, cujo preço diminuiu significativamente devido à epidemia, compensando parte do aumento. O índice de preços no consumidor reflecte a situação da inflação, e ao fazer estatísticas, é necessário conhecer, efectivamente, os diversos índices de vida da população, por isso, as estatísticas não podem ser interpretadas de forma parcial, e a recolha e a estatística de dados também não podem ignorar a realidade, em busca da estabilidade dos dados.

 

 

 

 

 

 

 

Em Junho e Julho, mais de 3000 estudantes vão graduar-se e procurar emprego, e o problema da acumulação de desempregados durante a epidemia ainda não foi eficazmente resolvido. O Governo, em conjunto com as empresas da Grande Baía, lançou programas de estágio para estudantes do ensino superior, mas é ainda necessário prestar atenção à sua contratação, pelas empresas que oferecem estágios, após a conclusão do estágio. O Governo deve dar prioridade garantida de emprego aos locais e, ainda, acelerar a resolução do problema de emprego dos recém-graduados locais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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