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(Tradução)

IAOD do Deputado Che Sai Wang em 12.12.2022

 

Em conjunto, ultrapassamos as dificuldades causadas pela epidemia

 

Com o enfraquecimento da patogenicidade/virulência do novo coronavírus e Macau mantendo-se alinhada com as políticas nacionais de prevenção e controlo, as medidas de prevenção serão gradualmente relaxadas. Segundo a experiência de Singapura e do Vietname, um mês depois de abrandar o controlo da epidemia, haverá um pico e, nos três meses seguintes, uma oscilação contínua e, depois, uma queda para o nível mais baixo.

 

De acordo com o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, a partir do dia 8 de Dezembro, Macau vai permitir que o novo tipo de coronavírus se espalhe, de certo modo, na comunidade, o que irá, finalmente, concretizar a imunidade de grupo contra o vírus. Estima-se que o número de infectados possa atingir entre 50 a 80 por cento. Assim, o Governo deve manter-se altamente atento e estar preparado para enfrentar as mudanças da situação epidémica. A política de alívio gradual da epidemia e a conjuntura de mudança são provas muito difíceis para o Governo da RAEM.

 

Primeiro, o Governo deve reforçar as acções de divulgação e sensibilização, e de educação científica, para esclarecer o público sobre o risco de transmissão do vírus e os fundamentos para a opção do relaxamento das restrições de controlo da epidemia, a fim de evitar rumores na internet e criar pânico na sociedade, para assim estabilizar atempadamente as pessoas. Ao mesmo tempo, deve publicar, o mais breve possível, as orientações de prevenção epidémica após o relaxamento das restrições de controlo da epidemia, especialmente as orientações uniformes para os funcionários públicos, tais como para o pessoal administrativo, das forças de segurança e guardas prisionais. O conteúdo das orientações não se deve limitar às infecções no local de trabalho, devendo também incluir planos de contingência; como lidar rapidamente com a situação no local de trabalho, onde colocar os funcionários públicos infectados e os cidadãos com quem estes tiveram contacto; as disposições relativas ao trabalho em circuito fechado e as medidas de protecção dos direitos e interesses, etc.

A Covid é o “assassino” dos idosos e, de acordo com um estudo dos Estados Unidos, entre os idosos dos 65 aos 79 anos, a morte das pessoas não vacinadas é 21 vezes maior do que a das vacinadas. Agora, em Macau, muitos idosos ainda não são vacinados. Face à normalização da prevenção da epidemia e ao relaxamento das restrições, para garantir a saúde da população, o Governo deve continuar a envidar esforços para promover a vacinação contra a Covid.

 

Para além de acelerar a promoção da vacinação, o Governo vai distribuir, gratuitamente, pacotes de combate à pandemia a todos os residentes. É de notar que, além da distribuição dos referidos pacotes e dos testes rápidos de antigénio, o Governo deve ainda garantir o normal abastecimento de medicamentos em todas as farmácias, nomeadamente, os relacionados com a COVID-19, evitando que aumentem os preços, aproveitando a pandemia.

 

Se os resultados dos testes rápidos e dos testes de ácido nucleico dos residentes forem positivos, estes podem ser avaliados via internet, e o resultado da avaliação divide-se em isolamento domiciliário, consulta externa comunitária e consulta hospitalar. Actualmente, no Interior da China, o isolamento domiciliário só se aplica quando as condições o permitem, e as pessoas com o mesmo domicílio podem ainda sair de casa. Mas o que o Governo precisa de considerar é o seguinte: o objectivo do levantamento do controlo epidémico é a lenta construção da barreira imunológica de grupo, pois, se não se fornecer um local de auto-isolamento para as pessoas que não têm condições de isolamento no domicílio, pode-se levar a um surto de novos casos no seio familiar, e este poderá provocar um aumento súbito da pressão sobre o sistema de saúde pública, o que seria insuportável. Por isso, o Governo deve reservar espaços para as pessoas sem sintomas ou com sintomas ligeiros que não reúnem condições de isolamento domiciliário, proporcionando-lhes locais de auto-isolamento.

 

Passados três anos de combate à epidemia, neste momento decisivo espera-se que os residentes e o Governo possam proceder bem aos trabalhos preparatórios, com vista a superarem, em conjunto, esta fase difícil.

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