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IAOD do Deputado Che Sai Wang em 29.08.2022

 

Promover a retoma da economia e do turismo e optimizar as medidas de prevenção epidémica no tocante à entrada de turistas

           

      Macau quer criar um centro de turismo e de lazer de nível mundial, e as férias do Verão têm sido sempre a época alta do sector do turismo. Contudo, devido a uma situação repentina e imprevista, isto é, a nova vaga da pandemia, que durou desde meados de Junho até ao início de Agosto, ou seja, um mês e meio, grande parte da época alta do Verão coincidiu com o surto de Covid-19. Devido a este surto e à perda da fonte de clientes, a situação económica dos lojistas ficou bastante difícil.

 

      Actualmente, os residentes do Interior da China são a principal fonte de clientela do sector do turismo. Segundo dados da PSP sobre a migração, na primeira metade de 2022, o número dos turistas individuais do Interior da China atingiu 885 mil, menos 1 milhão e 363 mil pessoas, isto é, uma queda de 35,08% em comparação com o período homólogo do ano passado. Mais, com o impacto da pandemia e a alteração à lei do jogo, realidades às quais acresce a legalização do jogo em diversos países do Sudeste Asiático, como a Birmânia, as fontes de clientela dos casinos de Macau foram repartidas, o que fez com que o sector do jogo, elemento dominante da economia de Macau, se deparasse com um dilema. Mais, os sectores relacionados com o jogo também sofreram grande impacto e estão ansiosamente à espera de uma oportunidade que possa “reaquecer” a economia.

 

Desde o surto de 2019, o número de visitantes tem diminuído significativamente. Segundo os dados dos Serviços de Estatística e Censos, em 2021, o número de visitantes atingiu 7 milhões 775 mil e 9, um aumento de 30,7% em comparação com 2020, mas, em comparação com os 39,41 milhões registados em 2019, antes da epidemia, registou-se uma redução de 80%.

 

Para atrair os turistas a visitar e consumir em Macau, é necessário, em primeiro lugar, persistir na normalização da prevenção e controlo da epidemia, e sob a premissa de garantir o controlo eficaz do novo tipo de coronavírus, optimizar a política de prevenção, garantido que os visitantes se sintam seguros e satisfeitos desde que entram até que saem de Macau. O Governo deve reduzir o tempo de espera dos visitantes que chegam a Macau por via aérea, pois o período desde os testes de ácido nucleico à chegada até ao alojamento em hotel de quarentena pode durar mais de dez horas. Ou então, pode seguir a política “3 + 4” de Hong Kong, reduzindo o tempo de quarentena nos hotéis e, em seguida, exigir aos visitantes vários testes de ácido nucleico, alguns dos quais gratuitamente, a fim de garantir a segurança da saúde pública em Macau e, ao mesmo tempo, atrair mais turistas. O Governo deve ainda criar mecanismos para apoiar os turistas retidos em Macau no regresso, o mais rápido possível, às suas terras de origem, evitando-se que permaneçam aqui sem qualquer apoio e que se prejudique a imagem de Macau enquanto cidade turística.

 

Têm aumentado as pesquisas por “diversões de Macau”, “informações turísticas sobre Macau”, etc. em algumas aplicações do Interior da China. Apelo e proponho ao Governo e aos serviços competentes do Interior da China para discutirem, em conjunto, sobre a emissão de vistos turísticos e para reduzirem as limitações ou até mesmo isentarem de vistos turísticos os residentes do Interior da China, com vista a alargar a fonte de visitantes. O Governo deve ainda lançar actividades turísticas típicas de Macau, atribuir benefícios aos visitantes, por exemplo, cupões de desconto de 50% em bilhetes de avião e no alojamento em hotéis, descontos e cupões electrónicos de benefício ao consumo, com vista estimular o consumo através de experiências de viagem de qualidade e de baixo custo.

 

Por último, espero que o Governo aproveite o tempo e as oportunidades do segundo semestre deste ano para avançar com benefícios para os visitantes, promover continuadamente o desenvolvimento da economia turística local, revitalizar a economia em todos os sectores, e recuperar a vitalidade do sector do turismo.

 

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