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INTERVENÇÃO ANTES DA ORDEM DO DIA

 

No passado domingo (23/03/2014) centenas de proprietários das fracções residenciais do Edifício “Sing Fung”, incluindo familiares decidiram ocupar metade da Avenida Almirante Lacerda defronte do referido edifício para manifestar o desagrado quanto à morosidade do processo de resolução definitiva das suas habitações.

O caso “Sing Fung” é considerado por muitos residentes como o maior desastre social desde o estabelecimento da RAEM. Na altura do desastre, o Chefe do Executivo havia prometido que este desastre social seria tratado como um caso especial e que seriam desencadeados todos os esforços para apurar as responsabilidades pelo acontecimento. Porém, as promessas do Chefe do Executivo caíram todas em “saco roto” nos corredores do poder, sentindo-se hoje enganados pelas palavras do dirigente máximo da RAEM.

Até hoje, os proprietários das fracções não conseguem compreender o mistério da derrocada de um dos pilares de suporte do edifício que de acordo com especialistas da matéria poderá acabar em pó e montanhas de poeiras como aconteceu com o edifício do “World Trace Center” nos EUA. Será que este desastre social terá desfecho semelhante ao mistério do desaparecimento da aeronave MH 370 da Malásia? Será que apurar as responsabilidades do desastre social do “Sin Fung” será mais difícil do que apurar as responsabilidades pelo desaparecimento do avião MH 370? 

A maioria dos demonstrantes pretendem que sejam apuradas as responsabilidades que originou no estado de ruínas do edifício, sejam tomadas medidas justas para resolução do desastre social e devidamente compensados dos prejuízos causados até a presente data.

Muitos queixosos, ficaram extremamente tristes, por não obstante ter decorrido quase dois anos do desastre social, até a data as entidades oficiais limitaram-se a efectuar averiguações parciais quanto à origem dos nefastos acontecimentos ou invés de relatórios integrais e completos para apuramento da origem dos acontecimentos e responsabilidades de todos os intervenientes que originou o desastre social.

Assim, apelo ao Chefe do Executivo para dialogar directamente e com urgência com os representantes dos proprietários das fracções residenciais do Edifício “Sing Fung”, com objectivo de encontrar soluções imediatas e satisfatórias para acabar com pesadelo e tristeza dos prejudicados.

No fundo, é também a imagem da RAEM que está em causa no cenário internacional. Urge tomar medidas imediatas e eficazes, doa a quem doer.    

 

O Deputado à Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de Macau aos 25 de Março de 2014.

 

José Pereira Coutinho

 

 

 

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