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Uma candidata para a lusofonia

2009 June 16
by pontofinalmacau

Rita Santos explica motivações e objectivos da candidatura

- Porque é que decidiu tentar esta entrada na vida política activa, com a candidatura à AL?
Rita Santos – Nunca estive desligada da vida política, embora esteja na Função Pública. Penso que devo ser a única funcionária pública que trabalha ao mesmo tempo para o Governo de Macau, desde 1987, e para a Associação dos Trabalhadores da Função Pública. Fui educada, desde essa altura, para ajudar não só os funcionários públicos, mas também os seus familiares e a população em geral. Todos os dias, quando saio do trabalho, vou à associação, que é a minha segunda casa, dando apoio na resolução diária dos problemas dos funcionários públicos e dos cidadãos. Resolvi participar nas eleições por pensar que é a altura oportuna, vai haver uma mudança do elenco governativo. Por outro lado, tenho recebido muitas solicitações dos meus amigos e associados, e um grande apoio – e isto é que mais importante – dos meus familiares. Gostariam que eu pudesse dar apoio a tempo inteiro ao deputado José Pereira Coutinho, que embora seja uma pessoa muito activa e participativa, não é suficiente, porque é só uma voz a defender realmente as necessidades e preocupações da população.
- Será então um reforço na equipa, se for eleita. Em que é que poderá marcar a diferença?
R.S. – Uma vez que trabalhei ao longo da minha vida na Função Pública, principalmente em áreas de apoio à população, como estive nas duas Câmaras Municipais e depois no Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, tinha uma ligação diária com a população, e eu resolvia as questões dos cidadãos. Por outro lado, a seguir trabalhei num outro âmbito, o dos países de língua portuguesa. Desde 2003 até agora, fiquei a saber quais as preocupações desses nossos amigos, bem como da comunidade macaense. Sei que temos de fazer muito para podermos que essas comunidades possam continuar a viver sem preocupações em Macau, principalmente para manter viva a nossa cultura e a nossa língua, que é importante. Depois da criação da RAEM, sempre lutei pela necessidade de manter viva a língua portuguesa. Espero continuar a trabalhar para esse efeito. Gostaria que as minhas intervenções colocassem o apoio aos portugueses, aos países de língua portuguesa e à comunidade macaense noutro patamar, de forma a influenciar o Governo da RAEM para concretizar efectivamente esse importante papel de Macau e, por outro lado, não ser só um organismo público a fazer isso, mas todos os organismos públicos de Macau, com uma força única.
- Qual será a sua prioridade se for eleita deputada, em termos de acções concretas?
R.S. – A minha primeira prioridade é ver se conseguimos dar um salto na diversificação da economia de Macau, de forma a que todos os cidadãos possam continuar a ter os seus postos de trabalho. Macau não pode depender 100 por cento do jogo. Há que implementar medidas para que haja uma maior diversificação do mercado, dar apoio às pequenas e médias empresas, dar apoio aos jovens de Macau para que constituam os seus próprios negócios, e dar-lhes um incentivo para que possam ter ligações com os países de língua portuguesa. Ou seja, dar mais postos de trabalho. Gostaria ainda também que todos os trabalhadores pudessem estar abrangidos pelo fundo de previdência. Há muitas empresas que não dão essa regalia. Em Hong Kong já está a funcionar, todos os trabalhadores têm direito ao fundo de previdência. Gostaria que em Macau acontecesse o mesmo, uma vez que, passados dez anos, a RAEM teve um bom desenvolvimento económico e poderia já ter pensado em ajudar todos os trabalhadores de Macau.

I.C.

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