ATFPM DIRECÇÃO

JOSÉ PEREIRA COUTINHO

Deputado à Assembleia Legislativa e Presidente da Direcção da ATFPM

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INTERPELAÇÃO ESCRITA
 
 
 
No recente concurso público de admissão para guardas prisionais, mais de metade dos concorrentes não foram aprovados nos testes de aptidão física, alguns devido a problemas de pressão arterial e outros com problemas visuais. De acordo com as recentes explicações públicas do Director do Estabelecimento Prisional, as respectivas reprovações, têm a ver com dependência ou vício da internet. Mas há outras razões de fundo que são bem mais importantes que contribuíram para o fraco desempenho das aptidões físicas dos nossos jovens e que têm a ver com a política e as instalações desportivas.
 
Desde o estabelecimento da RAEM, foram, uma a uma, desaparecendo as principais instalações desportivas de fácil uso e acesso e não dispendiosas, tais Campo relvado da Polícia de Segurança Pública (PSP), o Campo dos Operários de areia batida e mais recentemente o Campo de relva artificial no Tap-Seak. Estes são, alguns dos principais e muitos exemplos da diminuição de instalações desportivas que têm contribuído para o lento desaparecimento de jovens desportistas locais. Devido a este tipo de desprezo pelo desenvolvimento e desincentivo à prática desportiva, muitos dos desportistas locais são obrigados a imigrarem para países e regiões vizinhas, tais como Singapura e Malásia, onde têm tido muito sucesso como desportistas profissionais bem como treinadores profissionais como por exemplo no ténis de mesa.
 
Por outro lado, a política de contratação de desportistas do interior do continente, não tem fomentado nem contribuído para o aumento dos desportistas locais, e a maioria da população percebe que se trata de uma política desportiva de “fogo de artifício” que ilumina uns instantes o céu para pouco depois aparecer novamente a escuridão.
 
Em Macau, existem dezenas de associações desportivas, muitas com mais de duas dezenas de anos em plena actividade e que têm sobrevivido sem qualquer apoio do Governo não obstante terem quase todos os anos contribuído com os seus atletas para representação da selecção de Macau nas diversas modalidades desportivas tais como o badminton e maratona. Muitos dos seus dirigentes, por amor aos jovens atletas, têm dispendidas enormes fortunas pessoais para financiar os jovens à prática desportiva como por exemplo, no badminton. Estas associações, para além de não receberem qualquer apoio do Governo e terem de enfrentar enormes dificuldades no aluguer das instalações desportivas, têm contribuído para a formação dos elementos das selecções nas várias modalidades desportivas, dignificando o bom nome e prestígio de Macau no estrangeiro.
    
Assim sendo, interpelo novamente o Governo sobre o seguinte:
 
Quando é que o Governo vai implementar uma política geral de apoio ao desporto local, apoiando todas as associações que têm contribuído para o desenvolvimento desportivo e contribuído para a formação de gerações de jovens nas diversas modalidades desportivas incluindo fornecendo elementos para a selecção local como exemplo na modalidade de badminton? Vai o Governo tomar a iniciativa de contactar estas associações desportivas, no sentido de apoiar as suas carências e ajudar a resolver as dificuldades de alugar instalações desportivas?
 
 
 
 
O Deputado à Assembleia Legislativa da Região Administrativa Especial de    Macau aos 01 de Julho de 2010.
 
 
José Pereira Coutinho
 
 
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